Alphadon
Perto do término do período Cretáceo, os marsupiais começaram a aparecer na América do Sul (Peru e Bolívia). No período Eoceno, os marsupiais irradiaram-se pela Europa, pelo Norte da África e chegaram na Ásia no período Oligoceno. No entanto, esses grupos foram extintos rapidamente. A América do Sul e a América do Norte se separaram no Eoceno, bloqueando efetivamente a rápida radiação de placentários na América do Norte nesta época de dispersão para a América do Sul. Durante o Eoceno, marsupiais atingiram a Antártida, que foi anexada à América do Sul e à Austrália nesse período. Os marsupiais puderam seguir um cinturão da vegetação de Northophagus por todo o caminho, desde a parte mais baixa da América do Sul, passando pela Antártida e chegando na parte sul da Austrália. Os primeiros marsupiais apareceram na Austrália no período Oligoceno por essa rota. A Austrália se separou da Antártida no período Mioceno, isolando efetivamente a fauna marsupial lá.
Ou seja, os mamíferos placentários, em suas migrações, não alcançaram o continente australiano a tempo de ele se separar!
Marsupiais australianos (existentes e extintos) compartilham de muitas semelhanças com os marsupiais da América do Sul e com os extintos exemplares da Antártida, indicando uma rota de imigração pelo sul para os marsupiais e explicando a falta de mamíferos placentários na Austrália. Quando a América do Sul se atracou novamente com a América do Norte no período Plio-Plestoceno, a América do Sul já estava separada da Antártida e a Antártida da Austrália. Assim, a reintrodução de placentários na América do Sul não pôde continuar para a Antártida – Austrália. Nota: isso não impossibilita que algum placentário tenha atingido a Austrália, mas impossibilita que um número significativo dos mesmos a tenha atingido.
Fonte:Nedin, C. (2005) A história natural dos marsupiais. Projeto Evoluindo - Biociência.org. Trad.: Daniel Mondolo. [http://www.evoluindo.biociencia.org/marsupiais.htm] Adaptado